sábado, 27 de dezembro de 2008

Faça física e seja feliz!

Leia este post ouvindo: The End of the Line - The Offspring

[Sim, a proximidade com os vestibulares desespera qualquer um. Para relaxar um pouco, nada melhor do que escrever. E para felicidade de todos e o alívio geral da nação, digo ao povo que não haverá referências escatológicas neste post.]

Amanhã. 8 da manhã. O começo do fim. Podem ficar tranquilos, o mundo vai continuar aí, do mesmo jeito que está. O que vai ter seu fim iniciado naquele fatídico horário é o meu sofrimento: finalmente poderei destruir, decapitar, aniquilar o terrível monstro mitológico de dez cabeças que me aterroriza desde antes do ano começar: o vestibular.

Deixando meu hiperbólico início de lado, hoje eu queria falar sobre a minha escolha. As motivações, as incertezas, os medos que um futuro aluno do curso de física enfrentou ao fazer a sua [acertada] escolha.

Para aqueles que acompanham o blog há mais tempo, lembram [ou não] de que eu era um engenheiro eletricista [quase] convicto. O curso abria um grande leque de possibilidades, além de ser um campo que realmente me interessava. Mas ainda havia "os poréns". Eu sempre quis pesquisar e tinha sérias dúvidas se a engenharia me permitiria seguir por tal caminho. E além disso, a área da física pela qual me interesso não é abordada nos cursos de engenharia.

Mas... Eu, você e torcida do Corinthians sabemos que o mercado pra quem faz física é muito mais restrito do que para o aluno de engenharia. O engenheiro pode trabalhar em uma vasta área e, se o cara for bom e for do interesse dele, pode até dar aula de física. [Sacana!] Sem contar que o retorno financeiro pra quem faz engenharia é muito mais rápido também.

Nesse exato momento começou o combate interno. O Leo realista objetava que a engenharia abriria um campo muito mais vasto, dava um retorno financeiro muito maior e era perfeitamente possível que, no futuro, eu fizesse o curso de física. O Leo idealista contra-argumentava que a segunda sempre fora o que eu realmente queria, que a universidade para onde eu gostaria de ir tinha programas de pós-graduação na área e que se eu desistisse iria me arrepender o resto da vida.

Como eu sou um cara mais realista, o idealista venceu a batalha. [Psicologia reversa, saca?] E amanhã idealista fará a prova que garantirá meu ingresso Universidade Federal de Viçosa. Essa certeza toda não provém de nenhum idealismo, mas de três longos anos de preparação. Agora, que venha o dia da d, o dia da verdade, o começo do fim: estou mais do que preparado para ele.

Acabou. Esperem um Leo mais "postante", um NSN em constante mudança e nenhuma paranóia pré-vestibular! Enquanto isso eu espero comentários.

PS1: Feliz natal atrasado e ano novo adiantado para todos os leitores do NSN! Esse pode ter sido o último post do ano e com certeza foi a última PPV! Até mais!

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

A vida é uma grande merda!


Leia este post ouvindo: Todo mundo explica - Raul Seixas



[Se você espera um post emo, no qual um adolescente conta todas as suas dores e chora porque o mundo é realmente injusto, pare por aqui. O texto a seguir realmente destina-se a comprovar que a vida é uma enorme, grande, gigantíssima bosta, merda, um verdadeiro cocôzão.]

Pense na vida. Todo mundo já parou para pensar nela em pelo menos um segundo de sua singular existência. Nesse exato segundo, nós, simples mortais, questionamos o nosso existir. Queremos saber de onde viemos, para onde vamos, o que raios é e significa essa sucessão de fatos aos quais damos o nome de vida.

Ao invés de ficarmos procurando respostas altamente subjetivas que mais complicam do que explicam, partiremos diretamente para uma comparação idiota que todo mundo assimila de uma maneira bem mais rápida. [Além de rápida, é um pouco escatológica mas aposto que ninguém vai se importar muito com isso.]

Pense num monte de estrume. Gramas, quilos, toneladas, milhares de toneladas da mais pura bosta. Agora me responda: o que isso representa para você? Um monte de coisa inútil e nojenta que você sequer gostaria de ter pensado? Pode até ser. Mas essa montoeira de fezes também pode ser muito mais.

Matriz energética. Várias fazendas hoje são movidas a bosta de porco. Só a bosta de porco? Claro que não. De porco, de vaca, de galinha... Aquele monte de estrume que você julgou ser apenas uma nojeira descomunal agora está diminuindo custos de produção, gerando energia e evitando a construção de novas usinas. [Além de tudo, é ecologicamente correto!] Mágica? Óbvio que não. Tudo uma questão de ponto de vista.

E onde é que sua vida entra mesmo? Ela também é uma grande merda. Você pode olhá-la e não ver nada mais que um enorme amontoado de puro estrume. Ou pode simplesmente cair na real e perceber que é possível fazer coisas incríveis, [muito mais incríveis até do que gerar energia] com essa bosta que você tem nas mãos.

Post nojento, comparação idiota e comentários... Só vendo pra definir.

domingo, 21 de dezembro de 2008

Livros [e seus erros] nada didáticos


Leia este post ouvindo: The Kids Aren’t Alright – The Offspring



A qualidade da educação brasileira é contestável. Professores mal pagos e mal preparados e escolas com péssima infra-estrutura são fatores que contribuem para o atual estado do ensino em nosso país. Neste post, porém, eu gostaria de colocar em xeque a qualidade dos livros didáticos. Estudo numa escola particular que usa apostilas de uma grande rede de ensino. Teoricamente, os livros teriam que ser impecáveis. Teoricamente.

Erros ortográficos são mais do que recorrentes. Recordo-me do livro de geografia da 8ª série: o nome de Nikita Krushev, ex-presidente da extinta União Soviética, vinha grafado de três maneiras diferentes! [Se eu estiver escrito errado, a culpa não é minha...] No mínimo, os autores erraram o nome do mesmo cara duas vezes.

Até então você pode contra-argumentar. O cara era soviético, o livro trazer o nome grafado de maneira incorreta é "normal". Sem contar que não vai mudar a vida de ninguém saber a maneira correta de escrever o nome de um cara desses. Concordo em grau, gênero e número. Mas os erros não param por aí.

Além de nomes de personalidades, [Krushev não foi o único], cidades e lugares [coisas como Atakama e Kallaari], há erros nas explicações. Há uma lista na qual os elementos químicos estão listados em ordem crescente de potenciais de redução. Porém, na legenda da tabela lê-se: "Elementos em ordem decrescente de potenciais de redução". No livro de física acontece o cúmulo: no meio da descrição das características de circuitos elétricos em série aparecem características de circuitos em paralelo! Para quem não assistiu a explicação do professor [seja por não ter ido à aula ou simplesmente não ter prestado atenção], estudar através do livro era uma grande armadilha.

Isso sem contar exercícios sem resposta, faltando informações e com o gabarito errado...

E nós ainda somos obrigados a ver aquele comercial com uma mulher dizendo que o nível da educação brasileira está melhorando... Este não é um fato do qual devemos nos orgulhar. Pelo contrário: devíamos nos envergonhar por reconhecer que a educação no país já conseguiu ser pior do que é hoje.

Errar é humano. Ensinar errado é sacanagem.