quarta-feira, 26 de março de 2008

Reflexões na chuva

[Relâmpagos cortam o céu. Trovoadas reverberam, causando pânico nos mais assustados. A chuva cai incessantemente, alagando as ruas. No meio da tempestade, um garotinho volta apressado para casa em sua bicicleta...]

Um filme de aventura? Um bobo que gosta de pedalar na chuva? Não, meus caros amigos. A passagem acima relata minha volta para casa hoje. Um pé d'água caindo e eu voltando pra casa sem um guarda chuva, sem uma capa, sem nem uma sacolinha pra pôr a mochila.

Pra completar o pacote do DR [Nesse caso DR não é discutir a relação. Significa Dia Ruim mesmo.] um trabalho de física que não deu certo. Tínhamos que construir um eletroscópio. E construímos. Mas quem disse que o "coiso" funcionava? Três horas para montá-lo e PLOFT. Não funciona. Mas, como diz aquele velho provérbio chinês, quando você acha que está no fundo do poço é que descobre que o poço é [bem!] mais profundo.

Após fazer o trabalho eu iria ver minha namorada. Essa era a única coisa legal que eu faria hoje. Faria. Eu sairia da escola e passaria na casa dela. Mas, lembra da chuva do início do post? Pois é. Começou a cair justo na hora que eu terminei o trabalho e iria vê-la. Resultado: um trabalho fracassado, nada de namorar e eu chegando em casa ensopado.

Triste isso, não? Agora é a hora em que eu xingo, reclamo como o mundo é injusto e como a minha vida é um saco, correto?

Claro! Que não. Enquanto voltava pra casa, a chuva esfriou minha cabeça [E todo o resto do corpo também.] Eu pensei melhor [Eu pensei! Chuva incrível essa, não acha?] e vi que as coisas não são ruins. É o modo como você as encara que faz a diferença.

O eletroscópio foi um fiasco. Mas nós conseguimos fazer uma outra experiência. Além disso, a matéria de física nunca foi tão interessante.

Eu não vi minha namorada. Mas ela continua sendo a garota perfeita que sempre foi. Compreensiva, atenciosa, bonita e ainda gosta de mim. Como eu posso reclamar tendo alguém assim do meu lado? [Ah, o amor é lindo! ^^]

A chuva molhou minha mochila, meu livro, minha roupa. [E me molhou também, oras!] Mas, se eu não tivesse tomado esse banho, talvez nunca tivesse feito essa reflexão. Como diz aquele outro velho provérbio chinês, têm chuvas que vêm para bem.

Então, reflita! [De preferência em sua casa, sem precisar se molhar na chuva...] E comente!

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